28/12/2022 às 17h49min - Atualizada em 28/12/2022 às 17h49min

Onboarding de usuários e regulação de criptoativos estão entre as tendências para 2023

Helo Passos, CEO da Trexx
Tech Expo Global, em Londres


A web 2.5, como alguns teóricos defendem, é o caminho entre o atual mercado tradicional para a descentralização da web 3.0. Este foi um dos temas centrais da Blockchain Expo Global, realizada em dezembro.

Helo Passos, CEO da Trexx, empresária do setor de blockchain games e um dos principais nomes do segmento na América Latina, foi a correspondente brasileira na Feira junto ao NAVE, projeto de conteúdo para a comunidade brasileira sobre tendências globais de cripto, .

O evento, que acontece anualmente em Londres, a Tech Expo Global, reúne diferentes setores da tecnologia como Cloud, Cybersegurança, IoT, Big Data e Transformação Digital. O setor de blockchain contava com dois palcos principais: Blockchain for enterprise e Digital Tokenization Assets.

No palco Enterprises, com foco em negócios, reforçava a tendência de ferramentas de onboarding e usabilidade dentro de um processo para adoção massiva da blockchain no suporte da transformação digital na nova economia. Já o palco de tokenização teve em voga, principalmente, o assunto da regulação e diretrizes globais para criptoativos.

De acordo com Daniel Paiva, advogado tributarista focado em criptoativos e sócio do escritório de advocacia VDV, o movimento de regulação global se divide em dois tipos de abordagem: uma mais ampla/geral - em que as normas são norteadas por princípios, isto é, permitem que o orgão regulador edite normas detalhando os tópicos previstos em lei, e a outra mais detalhada, por meio da qual a própria lei já traz um detalhamento praticamente exauriente sobre o tema. O Brasil optou pela primeira opção. 

 

“Temos uma lei principiológica, cabendo o seu detalhamento aos veículos infralegais que serão editados pelos reguladores", destaca Daniel Paiva. O advogado reforça que é importante assinalar que não se regula a tecnologia em si, como o Bitcoin por exemplo, mas sim os players envolvidos no mercado, denominados de prestadores de serviços de ativos virtuais (PSAV) ou virtual asset service providers (VASP). "A grande preocupação refere-se a regras de conformidade e prudência para proteção de investidores e usuários”, diz.


Na última semana, a lei que regula o mercado de criptoativos, foi aprovada sem vetos.

Ainda nas tendências apresentadas na feira, o movimento das grandes indústrias utilizando da tecnologia blockchain para processos e cadeias produtivas, será ainda mais forte nos próximos anos. 

O que tenho visto a nível de mercado e indústria são grandes empresários e executivos de empresas líderes em seus segmentos buscando entender cada vez mais sobre blockchain e como essa tecnologia pode impactar os modelos de negócios”, detalha Ricardo Natale, CEO do Experience Club, uma das principais plataformas de executivos e networking do Brasil.

Para ele, o que falta, ainda, é a construção empresarial da cultura sobre esse movimento. "Faltam os executivos colocarem mais em prática esses processos com blockchain”, finaliza.
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