Embora atualmente existam poucas cidades com infraestrutura de metaverso, a empresa de inteligência tecnológica ABI Research prevê que até 2030 aproximadamente 700 cidades em todo o mundo terão implementado alguma forma dessa tecnologia.
Essas implantações, em sua maioria, serão extensões dos atuais gêmeos digitais urbanos.
Dominique Bonte, vice-presidente de Verticais e Mercados Finais da ABI Research, destacou que, embora o conceito de metaverso seja frequentemente exagerado e vago, ele oferece oportunidades valiosas em contextos urbanos. Isso inclui melhorias na interação dos cidadãos com serviços de governo eletrônico, turismo virtual, design de infraestrutura inteligente, planejamento urbano e capacitação da força de trabalho.
Esses desenvolvimentos são particularmente cruciais em cidades complexas, onde o projeto, manutenção e envolvimento são desafios constantes.
Para os governos municipais, isso pode resultar em um aumento do envolvimento dos cidadãos e economia significativa de custos relacionados à infraestrutura urbana mais eficiente e eficaz.
Essa transformação também desempenhará um papel importante na transição das cidades para sistemas líquidos zero e circulares.
As tecnologias de metaverso urbano, que combinam gêmeos digitais, realidades aumentadas e virtuais, avatares, IA, computação em nuvem e dispositivos móveis, estão no centro dessas inovações.
Algumas cidades pioneiras nesse espaço incluem Seul, que já lançou seu próprio metaverso municipal. Tampere, na Finlândia, tem visões para um metaverso até 2040, em colaboração com o The Metaverse Institute.
Os esforços das cidades não se limitam à tecnologia, mas também abrangem questões éticas relacionadas ao metaverso, como privacidade e uso de dados.
Há relatos de que o entusiasmo e investimento no metaverso estão diminuindo, incluindo da Meta, anteriormente conhecida como Facebook. No entanto, especialistas acreditam que o ecossistema do metaverso já é robusto e continua a se expandir, oferecendo oportunidades em jogos e mídias sociais.
De acordo com a Liga Nacional das Cidades (NLC), as cidades têm um papel crucial a desempenhar na moldagem do metaverso, que tem o potencial de melhorar serviços urbanos e a qualidade de vida dos moradores. Para isso, líderes municipais precisam estar à frente das discussões sobre o assunto.
