05/09/2023 às 08h10min - Atualizada em 05/09/2023 às 07h18min
Campos Neto: ‘Drex vai andar muito rápido quando juntarmos plataformas com dinheiro digital’
Presidente do Banco Central acredita que moeda digital brasileira estará em operação até o final de 2024; saiba mais sobre as facilidades que o Drex promete ao sistema bancário
Márcio Homsi - web3news.com.br
Em uma palestra em Whashington DC, capital dos EUA, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, explicou o atual estágio do Real Digital, a moeda digital brasileira conhecida como Drex. Segundo Campos Neto, a nova moeda “vai andar muito rápida” quando houver a fusão de plataformas de dinheiro digital com a programação de pagamentos.
O presidente do BC acredita que o Real Digital entrará em operação até o final do seu mandato, no encerramento de 2024. Porém, ressalta barreiras de tecnologia que ainda impedem sua implementação não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Há um dilema entre privacidade (dos dados) e a agilidade do sistema do Drex”, afirma Campos Neto.
O Drex não é apenas uma resposta do Banco Central às CBDCs (moedas digitais de bancos centrais, na sigla em inglês) que estão sendo adotadas globalmente, mas uma estratégia proativa para manter o Brasil na vanguarda da digitalização financeira. Com o Drex, o BC reforça seu compromisso de modernizar e simplificar a economia brasileira, garantindo maior segurança e eficiência nas transações financeiras.
Drex, como funcionará?
Uma das principais dúvidas em torno da moeda digital brasileira é como será utilizada pela população e como o Drex se diferencia do Pix.
De acordo com as informações do Banco Central, o Drex será tão funcional quanto o Pix, com dispositivo para pagamentos de contas, transferências e recebimentos. O Drex, contudo, terá uma tecnologia mais avançada que permitirá operações mais complexas como, por exemplo, a compra de um automóvel.
Outra utilidade do Drex é a oferta de títulos do Tesouro Direto como garantia para um empréstimo bancário. Com o Real Digital, será possível fazer isso sem liquidar seus títulos, permitindo que continuem rendendo. Se um empréstimo não for pago, a instituição financeira pode acionar essa garantia.