Mais de 7 bilhões de pessoas devem habitar as áreas urbanas até 2050, sendo quase 70% de toda a população global, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). E como ficam as Centrais de Atendimento ao Cidadão neste contexto? Gabriel Terleski realizou mais de mil pedidos de reparo em sua cidade e notou que a gestão só age quando o problema é reportado pelo cidadão. Isso significa que a comunicação da população é crucial para solucionar os problemas urbanos, embora muitas vezes só procurem ajuda quando já estão insatisfeitos.
A partir dessa inquietação de Terleski nasceu a Mapzer que, em apenas um ano, já está em funcionamento em municípios dos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, impactando mais de 2 milhões de brasileiros. Por meio de um veículo que conta com uma câmera de alta resolução, sensores especiais e IA, a solução faz o reconhecimento e mapeamento das necessidades de manutenção dos espaços urbanos, identificando em tempo real ocorrências como buracos em ruas e avenidas, falta de sinalização vertical ou horizontal, lixo em locais irregulares, entulho nas calçadas, tampas de bueiros quebradas e mais de 30 problemas diferentes.
A tecnologia 100% brasileira se trata de um sistema completo que envolve o veículo equipado com inteligência artificial, condutor especializado e software de gestão que é alimentado com as ocorrências identificadas. Assim, cada departamento público já pré-estabelecido recebe o que é relevante para que, em seguida, possa gerar uma ordem de serviço. “Por se tratar de uma inteligência artificial, aproximadamente a cada dois meses uma nova habilidade surge a partir da análise e junção de estatísticas. Desejamos dessa forma contribuir para uma gestão pública mais eficiente e que o cidadão perceba esse impacto positivo que a tecnologia pode gerar em sua cidade, seu bairro e no dia a dia”, diz o sócio e diretor comercial da Mapzer, Rodrigo Streithorst.
A startup garante a cobertura de 100% da área urbana com prazos que variam de acordo com a especificidade de cada região: demanda, relevo, trânsito, dia da semana. “Atendemos desde cidades com 20 mil habitantes até grandes capitais com mais de um milhão de pessoas”, complementa Streithorst.
No Brasil, diferentes cidades têm se destacado no uso de tecnologias para otimização de recursos e impacto positivo na vida do cidadão e, segundo o CEO, a Mapzer deseja contribuir ainda mais para esse processo.
“De iluminação pública inteligente, bus rapid transit – BRT e câmeras para segurança pública. Agora as prefeituras poderão se antecipar aos problemas de cada região de forma proativa e com inteligência, sendo mais assertivas na destinação dos esforços e recursos. Este é o futuro quando pensamos em smart cities e ele já está acontecendo agora”, finaliza.
