15/05/2023 às 20h19min - Atualizada em 15/05/2023 às 20h19min

Pesquisadores brasileiros participam de competição em Singapura com foco em tecnologias inovadoras



Com apoio da climate tech brCarbon, uma equipe de pesquisadores, em sua maioria brasileiros, embarca rumo a Singapura para disputar o XPRIZE-Rainforest, uma competição que mobiliza tecnologias inovadoras para a preservação de florestas tropicais. O “Brazilian Team” está entre as 15 equipes semifinalistas da competição internacional que premiará os primeiros colocados com valores que somam até US$ 10 milhões
 

A competição começou em 2019 com cerca de 800 inscritos e agora em maio chega à fase de testes em campo. A brCarbon participa emprestando ao grupo o sensor remoto LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging), que é integrado ao drone no mapeamento em três dimensões das florestas. O principal objetivo do uso do sensor LiDAR na área é proporcionar a mensuração da estrutura da vegetação, incluindo altura das árvores, densidade de vegetação, diversidade estrutural e estoques de carbono. 
 

"Essa parceria com o Brazilian Team, além de ajudar os pesquisadores na disputa pela premiação, é, acima de tudo, uma forma de a brCarbon se manter atualizada e incluir novas tecnologias de monitoramento nos seus projetos de carbono. Inclusive, atualmente, a brCarbon já utiliza em seus projetos, de maneira pioneira, a mensuração florestal com sistema drone-LiDAR", afirma Danilo de Almeida, diretor REDD+ da brCarbon e um dos pesquisadores integrantes do "Brazilian Team".

 

As finais da XPRIZE-Rainforest serão realizadas em 2024 em local a ser anunciado. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em até 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas, no sentido de identificar também os serviços ecossistêmicos das espécies identificadas.
 

O coordenador do "Brazilian Team", Vinicius Souza, está bastante otimista com a participação nas semifinais agora em Singapura. “Embora seja um país pouco conhecido para nós, o ambiente de floresta tropical é muito familiar e faz parte do nosso dia a dia como pesquisadores, o que é vantajoso em relação aos times de países do Hemisfério Norte, onde fica a maioria dos demais competidores”, afirma Souza, que é professor no Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
 

Com o valor do prêmio, o "Brazilian Team" pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica. A participação da equipe na iniciativa conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). O "Brazilian Team" é formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, de instituições como USP, Unesp, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Unitau, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.

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