“Isso se deve a sanções antirrussas, bloqueio de contas, fechamento de contas bancárias correspondentes, desconexão do sistema SWIFT e limitação de pagamentos”, disse Losev.
“É o início de algo que já parece inevitável, que é o deslocamento do dólar como principal moeda de troca em nível global”, disse o especialista, que indicou que o Ocidente fez um cálculo ruim em relação a Moscou, já que a economia do país eurasiano não foi afetada nos níveis que Washington e seus aliados anteciparam.
“Será [um processo] muito mais lento devido aos compromissos que a Argentina ainda tem, por exemplo, com a moeda americana devido à sua dívida com o Fundo Monetário Internacional [FMI] […] nessa transição para quebrar essa dependência, eles ainda têm muitas restrições devido à forma como vêm conformando seus padrões comerciais”, disse Moritz Cruz.
“Acredito que o Brasil tem mais possibilidades e porque eles têm mais liberdade financeira até certo ponto, e porque o comércio deles é mais diversificado com o cone sul e com outros países, é menos com os Estados Unidos; isso permite ter essa liberdade”, enfatizou.