24/01/2024 às 13h32min - Atualizada em 24/01/2024 às 13h32min

Economia global se recupera, com mercados acionários em alta

Dados PMIs e estímulos na China impulsionam otimismo

Marianna Costa, economista - chefe do TC
O bom humor voltou aos mercados acionários nesta quarta-feira, com boa parte dos índices no território positivo. Além dos estímulos ao mercado monetário na China, PMIs melhores e o bom resultado da Netflix suportam o otimismo.
 
Na China, o Banco Central cortou a taxa de compulsório em 0,50 ponto percentual e em 0,25 ponto percentual a taxa de redesconto. Ambas medidas trazem alívio ao mercado monetário. Apesar de marginal, o corte é uma sinalização relevante, e a autoridade monetária indica que há espaço para mais flexibilização.

Em relação aos PMIs, que são importantes indicadores antecedentes de atividade, o conjunto de dados aponta para um começo de ano em ritmo um pouco menos fraco que o esperado, no entanto devido à queda um pouco menos intensa do setor manufatureiro, enquanto o setor de serviços segue perdendo força.

O índice composto para a Zona do Euro 46,6, o mais alto em 10 meses, e bem acima da mediana das expectativas que apontavam o número em 44,8. O destaque fica com o PMI da Alemanha, apontando uma desaceleração em magnitude menor. Na Inglaterra o índice composto ficou em 52,5 de 52,1 em novembro, com melhora da perspectiva futura.

A agenda ainda conta com a divulgação do índice PMI nos EUA. A mediana das expectativas aponta para retração do dado composto de 50,9 para 50,3, com o setor de serviços crescendo menos mas ainda acima da linha de 50 pontos e o setor de manufaturados um pouco menos fraco, porém abaixo da linha de 50 pontos, o que indica contração.

Ainda na agenda de hoje, foi divulgado mais cedo nos EUA as estatísticas semanais sobre o mercado de hipotecas, onde a taxa de juros de 30 anos subiu para 6,78% de 6,75%, acompanhada de aumento das novas hipotecas. Houve queda da quantidade de refinanciamentos, porém em função das taxas de um ano atrás estarem abaixo do patamar atual.

No Brasil, a agenda de indicadores é esvaziada, mas o bom humor também é presente. A certo arrefecimento dos ânimos em relação ao uso do BNDES no novo programa de incentivo à indústria apresentado pelo Governo na segunda-feira. Houve pronunciamento por parte do próprio BNDES, indicando que o programa de incentivo à indústria não terá custos extras ao Tesouro Nacional.

As atenções seguem com a temporada de balanços corporativos no exterior, e no aguardo da agenda econômica de amanhã, que conta com a reunião do Banco Central Europeu e divulgação do PIB dos EUA no último trimestre de 2023, mas principalmente no aguardo da agenda de sexta-feira que conta com a inflação ao consumidor em janeiro nos EUA, medida pelo índice PCE e no Brasil, medida pelo índice IPCA-15.

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