04/04/2023 às 15h42min - Atualizada em 04/04/2023 às 15h42min

ENTREVISTA: André Salem, CEO da Cryptum, revela parceria com a ChainLink



Nessa entrevista ao Web3 News, André Salem, CEO da Cryptum, startup fundada para prover infraestrutura do tipo “blockchain as a service” (BaaS) para clientes de setores financeiro, imobiliário, e-commerce, entre outros, falou sobre os planos de expansão da empresa, da parceria que firmou recentemente com a ChainLink, um protocolo líder de conexão entre blockchains e iniciativas externas usando contratos inteligentes, avaliou o Brasil como referência em web3, entre outros assuntos.


Como a Cryptum surgiu? 
A Cryptum surgiu de uma necessidade da nossa percepção do mercado, de ter uma maneira de se conectar mais fácil com o Blockchain e com os desenvolvimentos de Blockchain. A nossa atividade, anteriormente consultiva, de fazer uma solução de fábrica de software de Blockchain, mostrou que existia um gap, inclusive de desenvolvedores, de como se conectar com isso e a partir do momento que a gente percebeu que se tivéssemos uma infraestrutura, uma solução de Blockchain e serviços que tivessem uma documentação clara e trouxessem um caminho das pedras para esses desenvolvedores e como criar isso, a gente aceleraria o nosso trabalho 'produtizando' isso. Veio de uma própria dor nossa, enquanto oferta de serviços entendermos uma maneira de otimizar tanto o nosso serviço, quanto escalar essa adoção.

Como vocês perceberam a oportunidade deste mercado no Brasil?
Vimos alguns players internacionalmente fazendo um early posicionamento nisso, tendo muita visibilidade e sucesso e então encontrando um nicho realmente claro num gap de mercado. Então, pensamos, por que não oferecer isso pioneiramente na América Latina? Considerando que não tinha nenhuma solução que fizesse esse mesmo play ainda, tínhamos e temos espaço para ser um local inner inicialmente e mais adiante capturar pedaços do mercado disponíveis.

Como vocês veem o Brasil quando falamos de Web3?
Enxergamos que existe um espaço para adoção gigantesco. O Brasil tem uma tendência à inovação financeira muito grande, seja pelo nosso histórico, pelos problemas estruturais de mercado, seja pelo nível de adoção e de visão do Banco Central. Sabemos que com a inovação do Pix, com a inovação que o Banco Central traz a nível de visibilidade de novas tendências, o Brasil é um espaço muito rico para conseguirmos implementar meios de pagamento mais eficientes.
Existem casos pioneiros e o Brasil tem um mercado muito criativo, um mercado que consegue trazer muita solução interessante e é o maior da América Latina a nível de adoção. Acredito que somos a referência para poder fazer coisas aqui. 

Quais são os planos de expansão da Cryptum para o futuro próximo? A empresa tem algum objetivo específico em mente?
Levar os nossos casos de uso ao mercado para que essa infraestrutura e essa facilidade sejam mais tangíveis a nível do usuário final ou do consumidor, que ele possa ver onde que essa estrutura de Blockchain reduz custos e leva eficiência e ganho de tempo. Isso aplicado em diferentes segmentos é o nosso objetivo agora, traduzindo tudo isso assim em solução com um play nosso. Além disso, a meta é continuar melhorando o nosso desenvolvimento e as nossas funcionalidades, levando níveis de abstração ainda mais elevados e conectando mais diretamente com os nossos mercados targets.

Qual é a importância da Ethereum.Rio para a Cryptum e por que a decisão de ter um painel nesta edição?
A Ethereum.Rio e a Ethereum.Brasil são um hub de Blockchain de verdade, em que a gente respira empreendedorismo, ideias construtivas… E Blockchain é muito sobre isso, é colaboração, centralização, reunião de ideias. Então, o evento da Ethereum realmente é um momento muito interessante para gente que veio do ecossistema.
Estar presente aqui com a Cryptum é muito interessante, porque conseguimos entender como está o ecossistema, é um momento de encontro de uma rede que está sempre centralizada, muitas vezes assíncrona trocando mensagens. No geral, estou trabalhando 100% remoto, então é muito importante nos encontrarmos aqui e sentir o empreendedor e a nossa aderência. Nosso mercado mesmo por trazer o desenvolvedor para Web3, originalmente ele acaba sendo um mercado que tá na Web2 e é muito legal estar aqui e trocar ideias, discutir temas e fazer parcerias acerca de Web3 para nos fortalecermos. É um momento de encontro. 

No evento, vocês falaram sobre o potencial do DeFi para as Fintechs no Brasil. Como vocês têm visto esse cenário e planejam atuar nele?
Entendemos que tokenização para fintechs é a porta de entrada para o mundo de finanças descentralizadas, seja da sua própria moeda, de uma interna, de uma stablecoin relativa entre instituições de pagamento financeira ou um ativo novo que esteja lastreado em um real world asset ou qualquer outro tipo de representação de um ativo. Acredito que essa tokenização permite que o usuário se conecte com o mundo das finanças descentralizadas.
É muito legal poder fazer um painel em que mostramos os prós e os contras da tokenização: se faz sentido, se não faz, os porquês disso e até onde isso pode levar e chegar. Falamos  também sobre como a tokenização pode ser o fio de conexão com o mundo de finanças centralizadas, seja ela qual for, a tokenização de uma moeda, um ativo. Acredito que foi muito legal e que conseguimos embalar a nossa tese inteira, vamos dizer assim, ou grande parte dela numa proposição prática de como, para onde vai e onde chega para o público específico que tem mais adoção.

A Cryptum está trabalhando em parceria com outras empresas ou organizações? Se sim, com quem?
Temos parcerias com algumas iniciativas, como a Etherium Brasil, propriamente. Também somos parceiros da ChainLink, uma parceria recém fechada, em que fazemos parte do Build Program deles e é um programa bem legal e a empresa tem uma abordagem bem interessante de Oracle. A gente também está no programa da Endeavor, de Scale Up, um parceiro super legal para um momento nosso de fomento de mercado e construção de tese. A gente também é parceiro da Celo, XRP Ledger, Hator, Harmony e város outros, além de uma muito relevante, que é a Microsoft, do programa de Founder 's Hub, que é um super parceiro e tem grandes relações e iniciativas.
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