"Na minha opinião, o FED não vai baixar os juros agora, mas todos esses acontecimentos funcionaram como pressão. Provavelmente, eles viriam com alta de 0,25%, mas agora acredito que podem vir a não aumentar nada. Eles podem dizer que precisam verificar melhor a situação dos bancos porque cada alta que o FED dá, os títulos passam a valer cada vez menos. Então, é possível que os membros esperem e não subam dessa vez, mas voltem a subir nas próximas reuniões. Com certeza, esse episódio já está impactando na decisão do FED", explica.
“Só que esse movimento tem um preço e prazo para acabar e ele começa a cobrar esse ajuste via bancos pequenos, médios e empresas altamente endividadas, que não devem aguentar por muito tempo esse patamar de juros. E como vítima, podemos ter o consumidor "fugindo" da alta de preços, mas quase que como um beco sem saída, vendo o mundo entrar em recessão”.
“Travar a taxa em um momento em que a Selic está muito elevada e vendo já um movimento de inversão de ciclo pode ajudar o investidor a ter a rentabilidade de taxas altas por um período maior, mesmo que aconteça uma redução de juros nos próximos meses”, comenta.