A Dell Technologies Inc. está cortando cerca de 6.650 empregos, ou 5% de sua força de trabalho global, enquanto luta com uma queda no mercado de computadores pessoais e se prepara para uma potencial recessão.
O movimento nesta segunda-feira (6) alinha a Dell com uma série de empresas norte-americanas, do Goldman Sachs Group Inc à Alphabet Inc que demitiram milhares este ano para enfrentar uma desaceleração da demanda provocada pela alta inflação e pelo aumento das taxas de juros.
A Dell já havia implementado medidas de corte de custos, como uma pausa nas contratações e limites de viagens, enquanto lidava com um colapso pós-pandemia nas vendas de PCs, que representam mais da metade de sua receita.
No entanto, esses movimentos "não são mais suficientes", escreveu o codiretor de operações Jeff Clarke em um memorando aos funcionários.
"O que sabemos é que as condições de mercado continuam a corroer com um futuro incerto", disse Clarke. A Dell espera contabilizar os custos relacionados às demissões em seu quarto trimestre fiscal, que termina em janeiro.
A rival HP também disse que cortará até 6.000 empregos. O mercado de PCs e tablets deve ter mais um ano de declínio em 2023, com uma queda de 2,6%, de acordo com a empresa de pesquisa IDC, após um rápido crescimento durante a pandemia devido ao trabalho remoto.
"Era apenas uma questão de tempo até que a onda de demissões de tecnologia chegasse às costas da Dell, dado o quão sensível a empresa é à confiança do consumidor e da empresa", disse Susannah Streeter, analista de mercados da Hargreaves Lansdown.
A Dell tinha cerca de 133.000 funcionários em 28 de janeiro de 2022, dos quais, cerca de um terço estavam baseados nos Estados Unidos.
