02/02/2024 às 11h47min - Atualizada em 02/02/2024 às 11h47min

IA e demanda por profissionais qualificados vão liderar tendências da cibersegurança

COO da BugHunt destaca cinco aspectos que irão estruturar o setor de segurança da informação neste ano

A cibersegurança em 2024 traz consigo desafios significativos, refletindo a ascensão do cibercrime como uma das maiores ameaças globais. Segundo o relatório de 2022 do Cybersecurity Almanac, crimes cibernéticos, se considerados como uma economia independente, totalizariam R$ 43 trilhões em prejuízo global. Esse número coloca o cibercrime como a terceira maior "economia" do planeta, ficando atrás apenas das economias dos Estados Unidos e China. Desde 2019, houve um aumento alarmante de 630% nesse tipo de crime.

Na vanguarda dessa batalha tecnológica, Bruno Telles, COO da BugHunt, uma referência brasileira em cibersegurança por meio de Bug Bounty, destaca a necessidade premente de as organizações adotarem estratégias proativas para se protegerem. Telles observa que, diante da crescente digitalização de negócios e informações pessoais, os criminosos exploram vulnerabilidades nos sistemas empresariais e governamentais, visando golpes para extrair dinheiro e dados das vítimas.

Nesse contexto, a cibersegurança não pode mais ser abordada de maneira reativa. Em 2024, Telles prevê uma mudança de paradigma, onde a antecipação e a inovação serão cruciais para lidar com as ameaças emergentes.

Ele destaca cinco tendências que moldarão o cenário da cibersegurança no futuro próximo.

1. Ransomware Avançados:
Os ataques de ransomware, caracterizados pelo sequestro de dados seguido de exigências de resgate, permanecem como uma ameaça persistente. A expectativa, conforme o relatório da Cybercrime Magazine, é que os custos globais relacionados a esses ataques atinjam US$265 bilhões até 2031. Telles destaca a importância de abordagens multifacetadas, incluindo backups regulares, treinamento de funcionários e a implementação de sistemas avançados de detecção e resposta.

2. Pauta na Geopolítica e Guerras Cibernéticas:
O recente conflito entre Rússia e Ucrânia evidenciou a relevância dos ataques virtuais no cenário geopolítico. Operações digitais sofisticadas têm como alvo infraestruturas críticas, visando espionagem, sabotagem e influência política. Com eleições e eventos importantes em 2024, a cibersegurança se tornará fundamental para a segurança pública e os processos democráticos.

3. Ataques a Infraestruturas Críticas:
A segurança das infraestruturas críticas, como sistemas de comunicação, usinas de energia e transporte, será uma prioridade em 2024. A complexidade e interconexão desses sistemas os tornam alvos atrativos e vulneráveis, representando um risco significativo para empresas e nações.

4. Demanda por Profissionais Especializados:
Com o aumento das ameaças digitais, a demanda por profissionais especializados em cibersegurança seguirá em ascensão em 2024. Telles destaca que organizações buscam talentos capazes de desenvolver defesas estratégicas, tornando a área uma das mais promissoras em termos de oportunidades de carreira.

5. Inteligência Artificial: Peça-Chave em Ataques e Defesas:
A Inteligência Artificial (IA) desempenhará um papel central em ataques e defesas cibernéticas. Além de permitir ataques mais sofisticados, como o uso de deepfakes, a IA será crucial no desenvolvimento de sistemas automatizados de detecção e resposta. Telles destaca a capacidade da IA de analisar comportamentos estranhos e automatizar tarefas repetitivas, permitindo que as equipes de segurança foquem em questões estratégicas.

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