24/04/2024 às 20h12min - Atualizada em 24/04/2024 às 20h12min

Meta eleva gastos com IA e prevê US$ 99 bilhões em investimentos em 2024

Lucro da empresa dobra para US$ 12,37 bilhões no 1º trimestre, mas mercado reage com cautela a planos ambiciosos

A Meta, dona do Facebook, divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre nesta quarta-feira (24), trazendo consigo uma série de revelações que impactaram o mercado. A empresa reportou uma receita robusta de US$ 36,5 bilhões, superando as expectativas dos analistas em Wall Street, com um crescimento anual de 27%. Seu lucro líquido também impressionou, atingindo US$ 12,37 bilhões, mais que dobrando em relação ao ano anterior, com US$ 4,71 por ação.

No entanto, as reações do mercado foram mistas. Apesar dos números positivos, as ações da empresa caíram até 11% no after market, refletindo projeções cautelosas para os próximos meses. A Meta revisou suas estimativas de vendas para o segundo semestre, agora projetando um intervalo entre US$ 36,5 bilhões e US$ 39 bilhões, abaixo das expectativas anteriores dos analistas.

Ao mesmo tempo, a empresa elevou suas previsões de gastos para o ano, esperando agora despesas entre US$ 35 bilhões e US$ 40 bilhões. Essa revisão para cima contrasta com as estimativas anteriores, indicando uma estratégia mais agressiva em investimentos tecnológicos, particularmente em inteligência artificial.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tem liderado uma série de iniciativas ambiciosas, incluindo investimentos significativos em inteligência artificial para competir com gigantes do setor como Microsoft e Alphabet. Esses investimentos têm impulsionado o aumento das despesas, com planos para um novo centro de dados de US$ 800 milhões e o desenvolvimento de chips proprietários para serviços de IA.

No entanto, as apostas da Meta em seu futuro tecnológico não passaram sem críticas. A divisão Reality Labs, responsável por projetos futuristas, como realidade virtual e óculos inteligentes, registrou um prejuízo de US$ 3,85 bilhões no primeiro trimestre, mantendo-se estável em relação ao ano anterior. A empresa reiterou sua intenção de continuar investindo pesadamente em 2024, com despesas projetadas entre US$ 96 bilhões e US$ 99 bilhões, especialmente em infraestrutura e tecnologias de realidade aumentada e virtual.

Enquanto isso, os resultados da Meta foram anunciados em meio a um cenário geopolítico em ebulição, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionando uma lei que poderia afetar o mercado de redes sociais. A possibilidade de o TikTok, concorrente direto, ser obrigado a vender sua operação nos EUA poderia beneficiar os negócios de publicidade da Meta, cuja ferramenta Reels é vista como uma alternativa ao popular aplicativo de vídeos curtos.

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