07/05/2024 às 19h05min - Atualizada em 07/05/2024 às 19h05min

Agilidade na era da IA impulsiona respostas mais rápidas a favor dos clientes

Viviani Barcellos, Business Director no Brasil da GFT Technologies, destaca que o cliente no centro é uma pessoa, assim como a tecnologia é produzida por pessoas e o objetivo em comum é abraçado por equipes de pessoas

Por Viviani Barcellos*
Ser ágil, inovador e com foco no cliente é o que diferencia os líderes dos demais no mundo corporativo atual. Os avanços trazidos pela Inteligência Artificial (IA) apenas dão maior solidez para tal ideia, que passa também pela geração de valor por meio de um mindset de aceleração e de entregas, sobretudo àquelas incrementais e que ajudam a antecipar o time to market (tempo entre a concepção até a disponibilização) de um produto.

Diante dos debates e conversas que acompanhei no Agile Trends 2024, evento que aconteceu recentemente em São Paulo e que tratou das grandes tendências de agilidade e práticas modernas de gestão, pude confirmar isso e muito mais.

Há pontos ratificados há mais de 20 anos pela mentalidade sagaz da agilidade, como papéis, eventos e mindset, porém o formato como tudo isso se integra nós podemos dizer que mudou e evoluiu.

Em um momento em que, cada vez mais, se demanda o chamado customer centricity (o consumidor no centro), é preciso saber gerar medições e dados acerca do quanto cada entrega por parte de uma empresa gera valor.

Se no século passado a tecnologia era pensada por ela própria, há mais de 20 anos o raciocínio é de que não bastam entregas rápidas e ágeis. Elas precisam ter o seu valor maximizado, com times trabalhando de maneira integrada.

A agilidade tem papel essencial justamente em uma época na qual o cenário macroeconômico está amplamente voltado para a eficiência, produtividade e redução de custos. Uma vez que todas as áreas trabalhem nesta mesma direção, com um pensamento integrado, pensado na entrega com valor agregado alto, que antecipa o time to market, estamos falando também de um maior engajamento do time e, por consequência, entregas mais satisfatórias e superiores perante a concorrência.

Ao lançar mão de indicadores de lagging e leading, as tomadas de decisão sobre fazer o certo, de primeira e no momento oportuno conseguem ser, de maneira qualitativa, mais acertadas.

Neste mesmo sentido, o uso consciente e estratégico de métodos tecnológicos que favoreçam a agilidade, o desenvolvimento, a inovação e as entregas de qualidade no ambiente de negócios, coloca a IA como a bola da vez também nesta realidade constante das companhias e de seus colaboradores.

Antes de mais nada, o cliente no centro é uma pessoa, assim como a tecnologia é produzida por pessoas e o objetivo em comum é abraçado por equipes de pessoas.

O que pode parecer redundante e repetitivo se justifica. Não se deve confundir agilidade com a maior rapidez apenas em uma entrega, mas sim com aquele que consegue se adaptar mais rápido aos cenários do presente e do futuro.

Se antigamente era comum se falar em metas de cinco anos, hoje um planejamento de um ano já é desafiador, e o mindset que permeia todas as decisões é de adaptação rápida.

E o que recomenda essa adaptação rápida? São os feedbacks, o conhecimento retroalimentado que, com a ajuda da IA e suas ferramentas – estas também feitas por pessoas –, ajudam a alavancar múltiplas áreas ao mesmo tempo.

Por exemplo, pesquisas que poderiam levar um tempo considerável hoje já podem ser realizadas mais rapidamente para formatar uma ideia ou um produto. A IA é central para obtermos isso de uma maneira eficaz.

Ainda falando sobre os feedbacks, a adaptação de um profissional em relação a eles envolve a demanda que o mercado nos traz, para a qual um colaborador consciente dos preceitos da agilidade saberá se sair bem.

Por quê? Por entender o valor de suas habilidades de mentalidade profissional evolutiva, com as quais atitudes devem se manifestar de acordo com a estratégia de geração de valor, repassando isso aos seus times, lideranças e ao backlog dos produtos.

Em suma, tudo o que cercava o ambiente corporativo envolvia um ciclo de vida no qual as pessoas precisavam colocar mais tempo para obter mais produtividade e eficiência. Agora, os ciclos se realizam em menor tempo, graças aos algoritmos e às tecnologias que capturam informações dos humanos e as enriquecem com a sua inteligência e contextos.

Muito do que é produzido a partir disso (medições, métricas, etc.) dá sustentação às tomadas de decisão de equipes e executivos.

Neste cenário otimizado e veloz, a agilidade tem um papel decisivo para esses product owners que indicam os caminhos a serem seguidos: de escrever histórias a declarar requisitos (como os desejos dos clientes), com aceleração a bordo da IA em todas as etapas do trabalho.

O lado humano, assim, pode ficar livre para ações de maior criatividade e críticas. É um mindset presente em todas as áreas, colaborativo, de entrega rápida e de adaptação.

Vivemos em um mundo de respostas rápidas, no qual se exige mais adaptação e decisões mais velozes. Quando pensamos na centralidade do cliente e na sua experiência junto às marcas, isso é mandatório para separar sucesso e fracasso.

Com esse mindset que gera valor com a ajuda da IA, a melhoria das experiências anda de mãos dados com o ganho de tempo, as melhores tomadas de decisões e as inovações que são geradas no processo.


*Viviani Barcellos é Business Director no Brasil da GFT Technologies
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