31/01/2024 às 19h22min - Atualizada em 31/01/2024 às 19h22min

Grupo brasileiro adquire área no Amazonas para negociar créditos de carbono

Uma plataforma desenvolvida para acompanhar em tempo real a preservação ambiental fará a tokenização dos ativos gerados para conservação da natureza

O Grupo Diax, do Rio Grande do Sul, adquiriu uma extensão territorial de cerca de 10 mil hectares nas proximidades do município de Novo Aripuanã, no estado do Amazonas, com o objetivo de negociar créditos de biodiversidade.

O espaço, que equivale à região central do Rio de Janeiro, permitirá a negociação de créditos de biodiversidade em todo o mundo. Uma plataforma desenvolvida para acompanhar em tempo real a preservação ambiental fará a tokenização dos ativos gerados para conservação da natureza.

Os créditos de sustentabilidade gerados pelo projeto – serviços ecossistêmicos de benefícios proporcionados pela floresta preservada – contabilizam elementos como o estoque de carbono e os impactos positivos da preservação da fauna, flora, nascentes e fluxo hidrológico, entre outros.

O projeto é totalmente aberto, mostrando micro monitoramentos em tempo real, com informações via satélite. O uso de tokens em blockchain, comercializados no mercado de capitais, por meio de CPR-Verdes, na B3, também tornam o projeto 100% rastreável e seguro.

O empreendimento está na etapa final da liberação de um investimento superior a 1 bilhão de dólares do Grupo Financial, de Nova Iorque, para a implementação das próximas etapas do projeto. Com esse aporte, a região adquirida deve ser ampliada para dez milhões de hectares até o final de 2028, uma área equivalente ao estado de Pernambuco. O projeto ambiciona ser uma referência mundial na preservação da floresta.

Jeferson Dias, CEO do Grupo Diax, enfatiza a importância do projeto Green Guardians para a manutenção do meio ambiente.

 

“Não estamos apenas lutando pela diminuição dos impactos da emissão de CO2, mas pela preservação de todo um ecossistema em harmonia com as comunidades locais. Os projetos estão focados no estado do Amazonas, onde os nativos enfrentam desafios significativos, como a falta de energia, esgoto tratado e água potável. Nosso objetivo, além de preservar e recuperar o bioma amazônico, sua fauna e flora, é implementar ações para melhorar as condições de vida dessas comunidades”, destaca.


O empresário entende que o trabalho de preservação também traz oportunidades de trabalho para a população local. “Existem muitas oportunidades de trabalho nessas áreas, que podem ser preenchidas com a inclusão de ribeirinhos, quilombolas, indígenas e produtores familiares. Devidamente treinados e capacitados, eles contribuirão para a proteção e conservação do lugar em que moram”, conclui.
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