Em um comunicado divulgado na terça-feira (19), o Ministério da Ciência e Tecnologia da China revelou planos para lançar um documento estratégico Web3, delineando diretrizes cruciais para o setor. O ministério, em colaboração com a Academia Chinesa de Ciências e a Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia, destacou que o documento abordará questões vitais como herança, inovação, segurança e responsabilidades governamentais.
"Nosso objetivo é fortalecer a interação entre os departamentos relevantes, promover a inovação da Web3, realizar pesquisas aprofundadas e reforçar o desenvolvimento de talentos no setor", afirmou o ministério.
Apesar das restrições da China às criptomoedas, o interesse em tokens não fungíveis (NFTs) persiste entre os cidadãos. O Ministério da Ciência e Tecnologia destacou sua "grande importância ao desenvolvimento da indústria Web3", revelando uma abertura estratégica mesmo diante das proibições.
A China já testemunhou diversas iniciativas Web3. O Ministério da Tecnologia, em conjunto com a Administração do Ciberespaço da China, emitiu documentos políticos, incluindo "Pareceres Orientadores sobre a Aceleração da Aplicação da Tecnologia Blockchain e do Desenvolvimento Industrial" e os "Regulamentos de Gestão de Serviços de Informação Blockchain".
Além disso, o país realizou ações-piloto de blockchain em colaboração com a Administração do Ciberespaço da China, o Departamento de Propaganda do Comitê Central, o Supremo Tribunal Popular e outros órgãos. Essas ações-piloto abrangeram áreas como energia, Estado de Direito, direitos autorais e financiamento comercial.
Em resposta, Wu Jiezhuang, membro do Comitê Nacional do CPPCC, o órgão consultivo político do país, afirmou que a estratégia Web3 da China "se concentrará em áreas-chave, como assuntos governamentais e indústria, incentivando o desenvolvimento de novos modelos de negócios, como NFT e aplicativos distribuídos (dApp), acelerando assim a aplicação inovadora da Web3 e a construção de um ecossistema digital robusto".
